Exames:

  • Ehrlichia Igg e igm
  • Babesia Igg e Igm,

 

A doença do carrapato é uma infecção grave transmitida pela picada do carrapato. O principal vetor desta doença é carrapato marrom Rhipicephalus sanguineus.

No Brasil a espécie mais descrita como causadora da erliquiose é a Ehrlichia canis (bactéria gram-negativa intracelular obrigatória), responsável pela erliquiose monocítica canina. Esta bactéria raramente contamina gatos e seres humanos, mas já existem relatos de que este agente pode causar infecções zoonóticas.

Sinais clínicos

  • Manqueira recorrente devido à inflamação das articulações. Muitas vezes dura apenas alguns dias mas, ao fim de umas semanas volta e permanece contínua. A manqueira pode ser sempre da mesma pata ou ir mudando de pata cada vez que ocorrer e pode inclusive ocorrer em mais de uma pata ao mesmo tempo.
  • Artrite e deformação das articulações.
  • Febre, falta de apetite e depressão, que costumam levar a uma inflamação das articulações.
  • Sensibilidade ao tato, dor muscular e articular junto com adinamia (fraqueza muscular com fadiga generalizada que pode originar ausência de movimento ou reação).
  • Andar arqueando as costas e de forma rígido.
  • Na zona onde ocorreu a picada do carrapato pode surgir uma inflamação e/ou irritação acompanhada de uma inflamação dos gânglios linfáticos superficiais que se encontram ao redor dessa zona.
  • Cardite ou inflamação do coração, embora com pouca frequência e apenas em casos graves.
  • Complicações no sistema nervoso central, embora seja menos frequente e em casos graves.

Já a babesiose é causada pela Babesia spp, um protozoário, que parasita e destrói as hemácias, resultando em anemia progressiva. São dois microrganismos diferentes, que atacam células distintas, mas em geral causam sinais clínicos semelhantes.

É comum que a infecção ocorra de forma simultânea, ou seja, o carrapato pode transmitir erliquiose e babesiose ao mesmo tempo para o cachorro.

Em geral, a erliquiose se manifesta e progride lentamente, tornando-se crônica, isto é, com sintomas claros. A babesiose, por outro lado, já na fase hiperaguda, resulta em anemia e febre, com evolução para sinais clínicos inespecíficos tais quais:

  • Mucosas pálidas
  • Hiporexia
  • Icterícia
  • Petéquias
  • Perda de peso

A única maneira de confirmar qual destas patologias acomete o animal é por meio de exames laboratoriais. Não existe vacina para prevenção destas doenças. A medida profilática mais adequada é a eliminação do vetor (carrapato) do ambiente.